No ambito do Cíclo de webinars- Contribuindo Inhambane e Semana Nacional da Juventude, aos 06 de Agosto de 2021 realizou-se nas instalações da ACUDES, num formato híbrido, ou seja, presencial e virtual a quarta ronda da série Cíclo de Webinars.
Trata-se de uma reflexão organizada pelo Conselho Provincial da Juventude em Inhambane (CPJ) em parceria com Associação Cultural para o Desenvolvimento Sustentável (ACUDES) com apoio da Fundação Mecaniso de Apoio à Sociedade Civil (MASC)
O
evento subordinado ao tema: Papel da Juventude no Combate ao Terrorismo e na
Defesa da Pátria contou com dois painelistas designadamente:
Tozé
dos Santos Felisberto. Formado em Administração
Pública, Funcionário do Aparelho do estado no Serviço Distrital Mulher e Acção Social,
Porta-voz Provincial do MDM.
A moderação esteve a cargo dos senhores,
Horácio Romão, Jornalista da RM-Inhambane e Neshen Dique (Mapedje), Poeta e
actor de teatro no Grupo teatral FUNDSEKETA
Após a
intervenção do CPJ, fez-se o lançamento do debate onde primeiro definiu-se o
que era o terrorismo e suas formas de manifestação.
O termo
surgiu durante a Revolução Francesa, a fim de designar as facções mais radicais
do processo revolucionário, entre 1793-1794.
No
nosso país, os actos terroristas ocorrem na província de Cabo Delgado onde mais
de oitocentas mil pessoas são dadas como deslocadas e mais de duas mil foram
mortas desde 2017.
Os
terroristas protagonizam ataques nos Distritos do Norte de Cabo Delgado como Palma,
Nangade, Mocímboa da Praia, Macomia, entre outros pontos causando desgraça à
população local e inviabilizando projectos de desenvolvimento.
Os
painelistas apontaram como causas que levam aos jovens a integrar o grupo de
terroristas: O desemprego por parte dos jovens, a falta de transparência na
contratação da mão-de-obra para os megaprojectos, a ambição pelo dinheiro por
parte dos jovens que denotam fraco sentimento de amor à pátria.
Os
representantes dos partidos na oposição nomeadamente Renamo e MDM consideram
urgente a mudança de paradigmas no acesso ao emprego por parte dos jovens que
independentemente da sua cor partidária devem ter oportunidades iguais.
Também
foi observado que a falta de uma remuneração justa aos que estão na linha de
fogo no combate ao terrorismo desmotiva a sua vigorosa entrega.
A
maioria das contribuições dos presentes apontou a necessidade de todos os
moçambicanos sobretudo jovens unirem esforços visando o combate ao terrorismo e
recusando aliciamentos por parte dos insurgentes.
O
Presidente do CPJ disse que para reduzir o nível de vulnerabilidade dos jovens
há uma linha de crédito concedida para esta camada levar a cabo iniciativas
empreendedoras (O Fundo de Iniciativas Juvenis).
Para
terminar, a ACUDES agradeceu o gesto e aproximação deste órgão representativo
da Juventude ao nível provincia e reiterou que vai continuar a promover debates
que possam ajudar a encontrar soluções para os problemas locais.
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