A situação dos Fundos
Distritais para o Desenvolvimento (7 milhoes) constituiu um dos focos do II
Conselho Consultivo 2016. De acordo com o relatório apresentado, dos 100% do
valor financiado para os diversos projectos, apenas 60% do valor foi
reembolsado aos cofres do governo, portanto, cerca de 40% do valor financiado
ainda se encontra em mutuários, alguns desenvolvendo actividades e outros não.
Neste contexto, uma das
questões que preocupou ao governo distrital foi o facto de o maior número das
pessoas devedoras constituírem do sexo feminino, sendo que estas, devido ao seu
lugar na sociedade deviam ser as que mais temiam a situação de divida. Neste
contexto, o líder do bairro da liberdade referenciou que pela sua experiencia,
as mulheres é que tem reembolsado mais que os Homens, sendo que em muitos
casos, as mulheres dirigem-se às direcções e fazem a aquisição dos fundos em
seus nomes, e o fundo é posteriormente aplicado pelo seu marido, facto que
acaba prejudicando o processo de reembolso.
Devido a este problema, foi
orientada maior vigilância por parte de todos responsáveis pela aprovação dos
projectos, desde os chefes de 10 casas até aos líderes, uma vez que é com o
aval destes que é efectuado desembolso dos fundos para os mutuários. Para que
isto seja possível, é fundamental a coordenação entre estes, desde a comunidade
até ao nível da escola, devendo no entanto a aprovação e financiamento de
projectos sem o conhecimentos dos membros dos conselhos dos bairros ou CCB’s.
Para o próximo ano, os
projectos a serem financiados estarão virados para a produção de hortícolas, a
bandeira do distrito, produção de peixe em cativeiros e a produção de frutas e
seriais. Estas acções visão fazer face a desnutrição que se verifica ao nível
do distrito, que não é tão elevado, como sustentou a responsável do sector no
distrito, e por ser a alimentação que garante o andamento das demais áreas.
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